terça-feira, 15 de março de 2011

E a saga continua... (Parte II)




Vários camiões a sairem com jaulas para transporte de frango vivo (dias 14 e 15 de Março de 2011).
Mais sucata para a rua... diz a administração... 50.000 euros!!!

segunda-feira, 14 de março de 2011

" Lojinha" da Beliape




REPARO

Desde muito novo, fui habituado a lidar com a azáfama e com a vida que a empresa BELIAPE dava à nossa Vila de Cucujães.

Muita gente desde cedo na rua, a caminho do seu trabalho e carros da BELIAPE. Estes, tanto de dia como de noite, davam a Cucujães o título de “vila sempre em movimento!”

E era aquela lojinha de venda ao público o sustento de muitas famílias!

De repente, sem ninguém dar por nada, tudo se perdeu…e da pior forma possível! Empregados na rua sem direitos nenhuns, a frota automóvel vendida, destruição de equipamentos (como a fábrica de rações e a sala de incubação) …

Mas porque é que ninguém fez nada para travar esta decadência? Porque, ao que se consta, é gente muito perigosa que está por trás de tudo isto. É o que se ouve na rua, nos cafés, por todo o lado… até mesmo na comunicação social, que já teve que visitar Cucujães, pelas piores razões.

E tudo isto me deixa triste… a mim e a muitos cucujanenses!

Pelo que posso observar, ficaram por lá alguns (muito poucos!) empregados… e ficou a lojinha. Bem… chamar àquilo “lojinha” é um elogio, porque estamos a falar de um verdadeiro ATENTADO À SAÚDE PÚBLICA!

Onde é que andam as autoridades? Onde é que anda a ASAE? Será que só vão intervir quando pessoas ficarem doentes, hospitalizadas, ou até mesmo, morrerem?

Está à vista de todos o que se passa naquele espaço, outrora um espaço de qualidade!

Eu vejo todos os dias e mais pessoas vêem!

As meninas que trabalham na “lojinha” lá vão dizendo que a loja agora é delas; usam umas fardas verdes todas janotas, com os dizeres QUINTA DA CIDADE.

Ora, pelo que vejo, não é um “recanto da carne”, mas sim um recanto da podridão, da toxicidade, de produtos impróprios para consumo e de produto abatido em fase de decomposição.

Camiões da ex-BELIAPE descarregam este e outro lixo no RECANTO DA CARNE. Depois, as meninas da farda verde, carregam o lixo nos seus carros particulares e lá vão elas, sabe-se lá para onde, entregar o produto sabe-se lá a quem!

A loja emana um cheiro nauseabundo, sinal do que se passa lá dentro. Estou a falar de artigos que descongelam lá dentro. Artigos que, como eu disse atrás, já se encontravam em decomposição, foram congelados para disfarçar e agora descongelam novamente.
As meninas lá vão fazendo de tudo para manterem o seu posto de trabalho. Repetem que a loja é delas, o que é mentira e todos os habitantes de Cucujães sabem que é mentira.

E perante isto eu pergunto: será que os cucujanenses não têm coração?

Como é que perante uma centena de pessoas despedidas, em condições de perfeito terrorismo, como é que com famílias a passar fome, há pessoas que vão a essa loja comprar alimentos estragados? Como é que há pessoas que vão a essa loja dar dinheiro àqueles que destruíram a BELIAPE? Dar dinheiro a pessoas que atiraram mais de 100 trabalhadores, e respectivas famílias para a miséria, andando os responsáveis a passearem em carros de alta cilindrada e rodeados de seguranças?

Está o povo de Cucujães a alimentar o monstro que destruiu um dos centros de vitalidade da Vila?

Enquanto muitos cucujanenses passam dificuldades, os verdadeiros donos do RECANTO DA CARNE andam bem vestidos, comem à grande e à francesa.

Onde está a ASAE? Onde está o Delegado de Saúde? Onde está a Justiça? Onde está o brio do povo de Cucujães?

Eu deixei de ir àquela espécie de aterro sanitário que dá pelo nome de QUINTA DA CIDADE. Eu e outros, mas ainda somos poucos.

Alguém consegue comer aquilo que se lá vende?

Produto congelado vendido em estado de decomposição,

As pessoas que compram aquele produto, congelado naquele estado, por preço igual ou menor não compra produto fresco???

Uma coisa é certa: cada cêntimo que lá cai vai direitinho para os bolsos dos terroristas que destruíram a BELIAPE.

Sendo assim, meninas, retirem o nome RECANTO DA CARNE e mudem para outra coisa qualquer, que identifique melhor o negócio sujo que está por de trás das bonitas fardas verdes.


Vamos continuar atentos aos próximos acontecimentos...

terça-feira, 8 de março de 2011

E a saga continua...

Exmos. Senhores,

Os meus cumprimentos, motiva-nos o "serviço público" deste blog de vos informar de várias situações anómalas verificadas na empresa Beliape-Avicultura e Pecuária, S.A., sita em Vila de Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis, com a marca Sanitária do Matadouro e Sala de Desmanche, nº  PT-526-CE e uma Unidade de Transformação de Sub-Produtos com a marca DSP-526-CE

1º -  Como podem verificar, através de fotos em baixo, a Sala de Desmanche, está a laborar ilegalmente, conforme as regras Sanitárias em vigor:

   " Para laborar uma sala de corte desossa e embalagem tem que ter supervisão de um Inspector Sanitário nomeado pela Direcção Geral de Veterinária ; o facto de o fazerem sem essa supervisão constitui crime contra a Saúde Publica respondendo os responsáveis pela empresa detentora da Marca Sanitária (selo) por esse crime.As Marcas Sanitárias (selos) devem estar á guarda do Inspector e só ser apostas nos produtos quando inspeccionados.E que para que os produtos possam ter aprovação do Inspector Sanitário é necessário garantir a rastreabilidade dos produtos e das suas matérias primas assim como ter todo o processo de controlo de HCCP a funcionar. "

2º -  A  Estação de Tratamento de Águas Residuais, que serve esta unidade, encontra-se completamente desactivada pelo que as águas de lavagem da Sala de Desmanche, vão directamente para um rio.
3º - Os Sub-Productos, derivados da Sala de Desmanche, conformo a Lei, deviam ser enviados para uma UTS (Unidade de Tratamento de Sub-Productos), o qual não se verifica, encontrando-se à venda, como comida para animais, na loja de venda ao público, RECANTO DA CARNE, LDA, situada na Av. Pinto Bessa, na Vila de Cucujães (ao lado da agência bancária Millennium).
4º - A Unidade de Transformação de sub-produtos, encontra-se inactiva, contendo até Dezembro de 2010, mais de 20 toneladas de farinha de sub-produtos, categoria 2 , farinha essa, que está a ser retirada por tractores de um agricultor, a qual se destina a espalhar como estrume, em terrenos aráveis.

Tal facto, é um atentado à saúde pública. Este facto já foi denunciado à ASAE por escrito, encontrando-se no processo nº E/11884/11/SC.

Com os nossos melhores cumprimentos,
O informador







E não ficamos por aqui, estas informações foram reencaminhadas para os seguintes organismos:

ASAE
Direcção Geral de Veterinária
Ministério de Agricultura
Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho

Resta saber se alguma medida será tomada...