segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que? (Parte II)

Saúde pública, ou consciência privada?

Recentemente recebi alguns imagens de práticas menos saudáveis na Beliape... mote que me lembrou criar este blogue.

As fotos mostram frangos criados pela empresa que morrera à fome. Milhares de frangos, sem peso ideal para serem vendidos, foram abatidos e mantidos em decomposição por alguns dias nas suas instalações do matadouro. Mais tarde (bem mais tarde - Madrugada) foram encartados em sacos de plástico, colocados num camião não identificado e incinerados no passado fim de semana.

Esta atitude, parece-me, não é digna de crédito e muito menos das inúmeras notícias de boas práticas que a empresa viu fazer durante a antiga gerência. É sim, digna de seres inumanos que não olham a meios para atingir fins... Tem dúvidas? Veja o vídeo e tire as suas próprias conclusões!



A empresa de criação e abate de aves decidiu optar apenas pelo abate, dando luz verde ao que parece a sua nova filosofia. Por questões éticas, e provavelmente legais, a luz verde foi feita pela calada, na noite de sexta-feira para sábado (29/30 de Outubro).

O quê?

O descrédito!

Sim, descrédito: S.M., Diminuição ou perda de crédito, má fama, desonra.

E por algo tão simples, ora vejam:
Muda-se a gerência mudam-se perspectivas.
  1. Aos trabalhadores vêm-se prometidos muros e fundos, pagamento dos salários em atraso (deixado pela anterior direcção), melhoria dos processos e logística, pessoas informadas e de bem na organização... Será? Não foi.
  2. Aos fornecedores... igual. As encomendas feitas seriam pagas e entregues a tempo, horas e em condições, mas os materiais faltam por falta de pagamentos.
A mudança de gerência, prenuncio de bons tempos e organização revelou-se num fracasso ainda maior. Uma empresa desorganizada em que a insatisfação predomina. Os trabalhadores temem perder o seu local de trabalho e como tal, apresentam-se diariamente na empresa, sem perspectivas de serem pagos por tal, e sem perspectivas de trabalharem para tal.

A empresa ora arranca ora para, consoante as luas (e dizem que o calendário lunar já não interessa a ninguém), os fornecedores chateiam-se e as condições deterioram-se. E o consumidor... Sinceramente, já não sabe o que compra!

Quem?

Não será difícil depois de ler o texto que acompanha o título: Beliape.

A empresa Beliape, Avicultura e Pecuária S.A. foi durante muitos anos uma empresa de referencia na Vila de Cucujães no Distrito de Aveiro. Com distribuição um pouco por todo o país e internacionalmente muitos foram os churrascos e jantares em família passados em volta do seu produto: Aves, Coelhos e Caça.

Recentemente a Beliape foi vendida a uma empresa/grupo/entidade ou pessoa... Ninguém sabe e a informação não sei onde se encontra! Pelo menos ninguém se apresenta como "o patrão", "o gerente" ou "o accionista". Mas ao paço que ninguém se apresenta alguns dão a cara, falando em nome de "não digo quem", são esses poucos, que em tempos de crise arregaçaram as mangas e transformaram a Beliape, uma empresa com um certo crédito no mercado, num conceito aproximado de empresa e que crédito no mercado... bem, digamos que isso fica a critério dos bancos!

BELIAPE - AVICULTURA E PECUARIA, S.A.
Santa Luzia APTDO 109 3720-858 Vila De Cucujaes
PORTUGAL

Tel: +351 256 89 91 00
Fax: +351 256 89 00 03

Bem-vindos

Ora viva!
Se a curiosidade o trouxe até cá, puxe uma cadeira... sente-se confortavelmente porque aquilo que temos para vos mostrar, no mínimo ilustram as "boas práticas" do que não fazer!

É certo que em tempos de crise tudo o que vem à rede é peixe, mas isso não faz com que o peixe seja bom... comestível no mínimo, e no final isso é o que nos interessa. São inúmeros os exemplos de empresas que em tempo de crise apresentam soluções originais e irreverentes para adquirir clientes, produzir negócio e sair do buraco (como amavelmente denominam estes tempos).

No entanto, e se alguns tão nobelmente se esforçam, outros desistem ou entregam as armas por vezes aos primeiros oportunistas que apetecem... Triste? Esperem para ver o que vem a seguir!

Nos próximos posts deste blog desvendamos a informação. Tal e qual como ela tradicionalmente era difundida, fique por aí, acreditamos que irá gostar, ou não!